domingo, 20 de maio de 2012

“Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós.”


“Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós.”
1 Coríntios 5:7b



Por Pr. José Sérgio Ackel



PÁSCOA é uma palavra hebraica, pessach, que significa “passar por cima”, “poupar”, que passou a designar uma festa ou comemoração do povo hebreu em recordação da redenção ou libertação da escravidão em que viviam no Egito, bem como suas vidas foram poupadas por DEUS através do sangue do cordeiro macho de um ano de idade, sem defeito, sacrificado ao entardecer daquele dia 14 do mês de Abibe (Nisã). Parte do sangue do cordeiro sacrificado, os hebreus deveriam aspergir nas duas ombreiras e na verga da porta de cada uma de suas casas, para que quando o “anjo destruidor” passasse por aquela terra, ele pouparia da morte os moradores que tivessem obedecido á ordem de DEUS e aspergido suas casas com o sangue do cordeiro sacrificado. Naquela tarde, determinada por DEUS, os hebreus comeram a carne do cordeiro, acompanhada de pão ázimo (sem fermento) e ervas amargas e, deviam estar vestidos, com as coisas arrumadas, e prontos para partir. Ao anoitecer o “anjo destruidor” matou a todos os primogênitos das famílias egípcias, bem como os primogênitos de todos os animais, nem mesmo o primogênito do Faraó escapou. Se, porventura, houvesse alguma família dos hebreus que não cumpriram com o mandamento de DEUS, seriam igualmente atingidos por esta 10ª e última praga destinada ao Faraó e ao seu reino.
ASSIM surgiu a “Festa da Pessach” (páscoa) entre o povo de Deus, em obediência a ordem dada para a sua comemoração, que seria um estatuto perpétuo entre eles (Êxodo 12:14). Sendo então, um sacrifício comemorativo, celebrado anualmente nesta data, em cada lar hebreu, antes da construção do Templo, em que retiravam todo o fermento de suas casas. Cada elemento da refeição tem um significado especial, por exemplo: Pães sem fermento (Matsá); Recipiente com água salgada em que lembra as lágrimas derramadas pelo povo durante a escravidão; Ervas amargas, que simbolizam amargura da escravidão; e a carne de cordeiro assada (Êxodo 12). Há também um ovo cozido, duro, que é um símbolo de luto, mas que também sua forma arredondada lembra um ciclo de mudança, referindo-se a incapacidade de oferecer este sacrifico no Templo e a esperança da sua reconstrução em breve.
A celebração da Páscoa (Pessach) tem dois propósitos: 1- Memorial – “E acontecerá que, quando vossos filhos vos disserem: Que culto é este? Então direis: Este é o sacrifício da páscoa ao SENHOR, que passou as casas dos filhos de Israel no Egito, quando feriu aos egípcios, e livrou as nossas casas. (Êxodo 12:27). 2- Profético – Um substituto (cordeiro) pelos pecados do povo, e o seu sangue como cobertura de salvação. No transcorrer dos séculos a páscoa judaica vinha apontando para o sacrifício de Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus (Jo 1:29), até o dia determinado, para o Senhor Jesus, celebrar a ultima Páscoa na noite que precedeu a Sua morte, e instituir uma “nova” celebração: a Ceia do Senhor Jesus (Mt 26:26-30), em que recordamos nossa salvação para a vida eterna, o perdão dos pecados e a libertação da escravidão ao pecado. Nossos filhos precisam conhecer esta história. Ervas amargas e não doces chocolates, Cordeiro Pascal e não coelhinhos com seus ovos.

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